Embora o termo “ansiedade” é usado de maneira de maneira corriqueira para várias situações estressantes do dia-a-dia, a ansiedade excessiva e persistente pode ser parte de distúrbios maiores, como o distúrbio da ansiedade generalizada (DAG), síndrome do pânico, fobias, comportamento obsessivo compulsivo e síndrome do stress pós-traumático.
A ansiedade na verdade é uma sensação de intranqüilidade, apreensão e medo, marcada por sinais corporais como suores, tensão muscular e taquicardia. Esta sensação é muito comum em pacientes com fibromialgia (FM), e muita atenção tem sido dada às conexões que possam existir entre esses dois problemas.
Ao invés de ficar-se pensando o que veio primeiro, a ansiedade ou a FM, muitos pesquisadores estão verificando que possivelmente as duas possam ter uma causa em comum, como uma vulnerabilidade que deixe a pessoa mais propensa a ter as duas condições. Uma das melhores maneiras de se estudar este fato é estudar as famílias com os dois problemas – isto ainda não foi feito com a ansiedade, mas sim com a depressão e fibromialgia, mostrando que ambas apresentam uma tendência familiar bastante importante.
O controle da ansiedade é importante, já que níveis elevados desta aumentam o nível de dor. Isto é clássico na dor aguda - por exemplo, se você fica ansioso na cadeira do dentista, sentirá mais dor no procedimento. Isto está sendo também examinado na dor crônica. Além disso, a ansiedade interfere com outros sintomas da FM, como a fadiga e os problemas de memória.
Quando que a ansiedade é normal e quando ela é um problema de saúde? A resposta é fácil – quando começa a afetar sua qualidade de vida. Quando você começa a faltar ou adiar compromissos por nervosismo, quando ataques de ansiedade vêm rápido e sem aviso ou quando o sono ou apetite começam a ficar afetados.
Como tratar a ansiedade no paciente com fibromialgia? Os mesmos tratamentos que são usados em pacientes sem FM podem ser usados: medicações e terapia. Com relação à psicoterapia, a mais efetiva parece a ser a “cognitivo-comportamental”. Cada vez mais os antidepressivos estão sendo usados na ansiedade, ao invés dos clássicos ansiolíticos. Parece ser que estas medicações funcionam de uma maneira mais eficiente, com a vantagem de não causarem dependência física. Vários estudos mostram que a psicoterapia mais as medicações funcionam melhor do que cada uma em separado.
Outros tratamentos incluem manter um “diário da ansiedade”, para tentar identificar o que desencadeia a ansiedade e o que pode ser feito para minimizar seus efeitos. O exercício, tão fundamental na FM, também ajuda na ansiedade. Enfim, a ansiedade tem recebido mais atenção dos pesquisadores em dor, e a descoberta de uma causa comum entre a ansiedade e a FM pode ajudar a melhor compreender e tratar as duas condições.